
Entre os vários projetos que foram interrompidos, paralisados ou tiveram seu ritmo reduzido nos últimos tempos em Itabira, lembramos hoje a construção do novo local para funcionamento da Feira Livre dos Produtores Rurais, que acontece todo sábado – durante muitos anos a Feira Livre, também conhecida como “Feirinha”, foi realizada ao lado da Estação Rodoviária ou em frente ao Mercado Municipal “Caio Martins da Costa”, sendo levada posteriormente para a Avenida Duque de Caxias, onde funcionou durante alguns anos no quarteirão onde fica a antiga Estação Ferroviária, em cujo prédio funciona a unidade itabirana da Uaitec, no imóvel número 1240 desta avenida. É importante lembrar também que neste último local ocorriam muitas reclamações de moradores, comerciantes e até usuários da própria Feira Livre, devido principalmente a problemas relacionados ao trânsito naquele local, o que levou à mudança da “Feirinha” para o lado oposto do Bairro Esplanada da Estação, na mesma Avenida Duque de Caxias, no quarteirão próximo à Rua Salvino Pascoal do Patrocínio, ao lado do local onde foram iniciadas as obras do novo espaço onde deveria funcionar a Feira Livre, obras essas que até o momento não foram concluídas e entregues aos feirantes e à comunidade.
O projeto do novo espaço, cujas obras estão inacabadas, prevê o funcionamento de um número bem maior de barracas, além de um ambiente para apresentações culturais, local para guardar barracas e outros materiais, banheiros para os feirantes e usuários e outras melhorias, em especial a retirada das barracas do meio da rua, onde elas precisam ser montadas e desmontadas a cada vez que a Feira Livre é realizada – no novo local a Associação dos Feirantes pretendia viabilizar até mesmo o funcionamento da “Feirinha” em mais dias a cada semana, já que não seria necessário interromper nem alterar o trânsito da rua ali existente.
Na última vez que foram divulgadas informações a respeito dessa obra, a previsão era de que o local seria liberado para ser utilizado no mês de março de 2018. E, conforme comentário de frequentadores da Feira Livre, com quem conversei recentemente, “há uma grande expectativa pela conclusão dessa obra para trazer as melhorias esperadas para toda a comunidade, em especial os feirantes, seus clientes e os motoristas que precisam alterar seus trajetos todo sábado ou em outros dias nos quais são realizados eventos no mesmo local onde a ‘Feirinha’ funciona atualmente”.
Com a palavra, os responsáveis pelas obras no local. Até a próxima!
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
Entre as obras e projetos interrompidos em Itabira, lembramos também a implantação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Bairro João XXIII – a obra foi construída entre 2013 e 2016, com recursos do orçamento municipal e verbas do governo federal.
A construção da UPA gerou grande expectativa para a da população de Itabira, principalmente para os moradores dos bairros próximos, pois, de acordo com definição do governo federal disponível na internet em páginas de vários órgãos públicos, “as UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências” e uma Unidade de Pronto Atendimento deve se caracterizar por “funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana e poder resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame”.
Conforme informações disponíveis no sítio eletrônico do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), que foi criado há alguns anos pelo governo federal, as UPAs oferecem “estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação” e “quando o usuário chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico – eles analisam se é necessário encaminhar a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas” . Assim, “ajudam a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais” e, por isso, “nas localidades que contam com UPA, 97% dos casos são solucionados na própria unidade”.
Porém, após constatar alguns problemas na execução da obra, ainda em 2016, o governo municipal decidiu adiar a instalação de móveis e equipamentos e também a contratação dos profissionais que iriam fazer os atendimentos previstos na UPA. E a equipe que assumiu a prefeitura no início de 2017 chegou a divulgar no segundo semestre do ano passado que iniciou um processo para devolver ao governo federal os recursos do Ministério da Saúde destinados à implantação dessa obra, que totalizariam em torno de quatro milhões de reais. Além disso, o governo municipal alega que não teria condições de manter a UPA em funcionamento, devido aos custos que seriam gerados para manter os serviços previstos – e estaria também tentando negociar outra destinação para a obra, o que certamente implicará em resolver os problemas existentes na obra e ainda realizar modificações na mesma.
Considerando que a aplicação dos recursos da área de saúde deve ser aprovada e fiscalizada pelo Conselho Municipal de Saúde, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde tem realizado junto a esse conselho discussões para definir as mudanças na obra e a destinação do prédio construído para a UPA.
Aguardam-se para os próximos meses mais novidades sobre o desfecho de mais esse projeto interrompido. Até breve!