Pressão intensa, cenário de incerteza e necessidade de voltar à elite do futebol nacional. Foi assim que o Cruzeiro iniciou a temporada. Dez meses depois, terminou o ano em “lua de mel” com a torcida. Diante de uma profunda reconstrução, seja do ponto de vista técnico ou financeiro, o time comandado por Paulo Pezzolano alcançou a glória e carimbou uma vaga na Série A em 2023.
Em janeiro, em meio ao processo de due diligence – período em que Ronaldo analisou os riscos e as “gavetas” da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) celeste, Fenômeno tomou uma decisão que mudaria os rumos de 2022: a saída conturbada de Fábio, o jogador com o maior número de partidas pelo clube. Naquela ocasião, criou-se uma desconfiança de parte considerável dos torcedores, que questionaram a decisão.
Como resposta, Ronaldo afirmou que, na prática, seria implementado o discurso da austeridade e da gestão sustentável, em que pagar os salários em dia seria uma prioridade da nova administração.
Além disso, o mandatário da SAF impulsionou a Nação Azul a aderir o programa Sócio 5 Estrelas e deu resultado: de cerca de 10 mil sócios, o clube fechará 2022 com quase 70 mil adimplentes, marca que atingiu na reta final do ano.
Vice-campeão mineiro
Com uma campanha consistente no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro de Pezzolano esbarrou na diferença técnica para o Atlético na grande decisão, mas ganhou moral para a sequência da Série B.
Título da Série B com direito à caça aos fantasmas
Campeão da Segunda Divisão, o Cruzeiro terminou as 38 rodadas com 78, uma vantagem de 13 para o vice-líder Grêmio. Durante a trajetória, a equipe quebrou um recorde para conquistar o acesso: nunca um time havia subido com sete rodadas de antecedência. De quebra, a Raposa também atingiu um feito inédito ao levantar a taça a seis jogos do fim do campeonato.
Considerados fantasmas nos últimos anos, CSA e CRB foram vítimas do Cruzeiro na Série B. O primeiro, inclusive, foi rebaixado para a Série C justamente na partida contra a equipe estrelada, no Mineirão, no último confronto da temporada.
Vale ressaltar também que, na Copa do Brasil, o Remo, uma antiga pedra no sapato, ficou pelo caminho após Rafael Cabral defender quatro pênaltis no jogo de volta, na Arena Independência, na 3ª fase. Na próxima etapa, o Fluminense, semifinalista do torneio, desclassificou o escrete cinco estrelas.
Média de público histórica
Empurrado pela sua torcida, o Cruzeiro encerrou o ano com a 31ª média de público do mundo em 2022, com 45.474 pessoas a cada duelo. Na Série B, no jogo do acesso, contra o Vasco, 61.291 torcedores quebraram o recorde do Mineirão na temporada.
Fonte: Rádio Itatiaia