Com apresentação baseada em uma das obras de Carlos Drummond de Andrade, o grupo itabirano irá compor as apresentações do Festival, em comemoração aos dez anos do núcleo Anticorpos.
O coletivo e núcleo de experimentação cênica itabirano, Viravoltear, irá se apresentar neste sábado (09), no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), localizado na cidade de Ouro Preto. A apresentação faz parte da comemoração de dez anos do Anticorpos ‒ Núcleo de Investigação em Dança do Departamento de Artes Cênicas da UFOP (DEART), e está inserida na programação do Festival de Inverno de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade do ano de 2022.
Em comemoração aos dez anos de Anticorpos, e, também, em conformidade com a trama “Encontros”, que é tema do Festival de Inverno 2022, o núcleo buscou reunir antigos membros da equipe para apresentarem seus atuais trabalhos e trazerem ao público do Festival diferentes manifestações artísticas. Assim, a parceria firmada entre o Viravoltear e o Anticorpos contou com a mediação de Walli Gomes, Diretor Artístico e um dos fundadores do coletivo, que é egresso do curso de Artes Cênicas da UFOP, e, também, do núcleo de dança do DEART.
“Esse encontro é extremamente significativo, principalmente para mim, que fiz parte da primeira geração do Anticorpos, grupo criado, coordenado e dirigido pelo professor doutor Éden Peretta, que, além disso, também foi meu orientador e grande mentor durante a graduação. Então são dez anos… Eu vi o grupo atravessar diversos momentos, crescer, passar por mudanças e por diversas formações, ao mesmo tempo que, por aqui, o Viravoltear também crescia. Reunir os dois é como se fosse um encontro entre pais e filhos, porque o Viravoltear, em suas matrizes investigativas e criadoras, traz muito da pesquisa do Anticorpos, como, por exemplo, com relação à presença cênica e à dança Butoh. Sem dúvidas, o Viravoltear já foi totalmente “contaminado” por esse anticorpo. É uma emoção voltar às raízes, é como se fôssemos uma extensão do que começou por lá há dez anos.”, explica Walli.
Museu Vivo
A apresentação do grupo itabirano, intitulada “Museu Vivo”, é baseada na pesquisa atual de maior foco do coletivo Viravoltear: os 120 anos do nascimento do escritor Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, Minas Gerais. A performance poética é um experimento corporal, que pretende investigar a produção de movimentos incentivados por imagens, palavras, pensamentos e sensações, baseados no poema “O Museu Vivo”, de Drummond. A obra foi publicada há quase 50 anos, na primeira edição do livro “As Impurezas do Branco”, que tem como temática principal o descompasso do eu com o tempo.
Os figurinos utilizados na performance foram feitos em parceria com o Instituto ITI (Igualdade, Transformação e Inovação Social), sob a coordenação de Ronaldo Silvestre. O ITI é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal fomentar o desenvolvimento social em comunidades carentes e na periferia de Itabira e de cidades vizinhas.
O Viravoltear se apresentará no dia 09 de julho, às 18h, no Salão Diamantina, no Centro de Artes e Convenções da UFOP ‒ Rua Diogo de Vasconcelos, 328, Pilar. A performance será gratuita e aberta ao público.
O Festival
Esta edição do Festival de Inverno de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade tem programação prevista até o dia 17 de julho, e possui o objetivo de promover encontros entre a universidade e as comunidades das três cidades. Para conferir a lista completa dos eventos em cada dia de Festival, acesse o site oficial clicando aqui.