A Vale informou que as sirenes de alerta do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e do Plano de Contingência e Evacuação de Itabira não foram acionadas,como relataram vários moradores através das redes sociais na noite desta segunda-feira (28/10).
No comunicado enviado ao VIA COMERCIAL a empresa diz que “não foi identificado nenhum som proveniente do sistema de sirenes” (Veja nota abaixo).
Na noite passada, centenas de relatos que circularam nas redes sociais assustaram muitos moradores de Itabira. Acontece que nos relatos por meio de mensagens de textos publicadas, uma “suposta sirene” de rompimento de barragem estaria sendo ouvida em vários bairros da cidade.
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BARRAGENS – Moradores de Itabira se assustam com barulho de suposta sirene de emergência
Em agosto deste ano (2019), cerca de 7.770 moradores de 27 bairros de Itabira participaram do simulado de emergência de barragens de mineração. O simulado faz parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e do Plano de Contingência e Evacuação de Itabira, este último elaborado por uma equipe multidisciplinar formada por representantes das Defesas Civis Estadual e Municipal, Prefeitura de Itabira, Vale, polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Ministério Público.
INTERDIÇÃO DE BARRAGENS
A Vale suspendeu na segunda-feira (21/10), temporariamente e de forma preventiva, as atividades na barragem Itabiruçu, da Mina Conceição, em Itabira, até que sejam desenvolvidos estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da estrutura. O estudo terá prazo inicial de até 30 dias para ser concluído e não impacta a rotina dos moradores.
A decisão de paralisação da barragem de Itabiruçu é uma ação preventiva da Vale, que em conjunto com órgãos de fiscalização externos, avaliou a necessidade de desenvolvimento de estudos complementares sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem. Importante ressaltar que a barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (“DCE”) emitida em 30 de setembro de 2019.
Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale. A barragem de sedimentos de Santana, da Mina Cauê, em Itabira, também passará por aprofundamento de estudos geotécnicos. Com isso, o nível de alerta de risco será elevado para nível 1 do PAEBM. É importante dizer que a estrutura está estável e com DCE emitida em setembro.
A Vale estabeleceu inspeções diárias e monitoramento 24 horas nas duas estruturas, que são construídas pelo método a jusante, considerado o mais seguro.
Durante o simulado a Vale testou a primeira versão do aplicativo “Alerta de Barragens”. O programa foi desenvolvido pela Vale em parceria com a Defesa Civil Estadual e orienta sobre rotas de fuga, pontos de encontro e locais seguros. Os pontos de melhoria serão considerados para a segunda versão do aplicativo.