G1 Minas
A Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltou a ser interditada pela Justiça nesta quinta-feira (08/08). A medida foi tomada devido a diversos problemas no complexo, como superlotação, entrada de telefones celulares e falta de agentes.
No fim de 2018, a unidade havia sido interditada pela falta de condições. Na época, a decisão do juiz Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais de Contagem, impedia que o presídio recebesse novos detentos. A capacidade da Nelson Hungria é de 1.640 presos, no fim do ano abrigava cerca de 2.000, hoje cerca de 2.200, segundo a Justiça.
De acordo com a decisão desta quinta-feira, do mesmo magistrado, os efeitos da interdição de 2018 devem ser restabelecidos na unidade.
“Diante de tais considerações, ante a inércia da administração prisional e a escancarada piora do cenário encontrado no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, outras medidas não há, se não a de, desde já, restabelecer os efeitos da interdição decretada em 2018”, diz Cavalieri na decisão.
Consta no documento que no início deste ano, foi celebrado um acordo entre a administração prisional (Governo de Minas), o poder judiciário, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Defensoria Pública para a suspensão da interdição da Nelson Hungria. Em contrapartida o governo deveria adotar uma série de medidas como: o combate à entrada de telefones; o treinamento de agentes da muralha; prioridade para designação de novos agentes; retomada de uma escola estadual dentro da unidade.