Por G1 Mundo
A segunda onda da pandemia de Covid-19 começou a perder força em Portugal. No entanto, as autoridades decidiram manter as restrições sanitários impostas para conter a propagação do vírus. O governo espera com isso poder flexibilizar as medidas durante as festas de fim de ano.
Como seus vizinhos europeus, Portugal faz um exercício de equilibrista diante da segunda onda da pandemia de Covid-19. Esta semana o país registrou, em média, menos de 4 mil novos casos diários, contra 6,5 mil contaminações por dia contabilizadas em meados de novembro. No entanto, o número de hospitalizações (3,3 mil pessoas, entre elas 500 em unidades de tratamento intensivo), continua preocupando as autoridades.
Por essa razão, o primeiro-ministro Antonio Costa informou nesse sábado (5) que pretende manter as restrições sanitárias. Desde o final de outubro Portugal vive sob um regime de lockdown parcial, que atualmente cobre boa parte do país. Nas regiões mais atingidas, um toque de recolher está em vigor durante a noite e nos fins de semana. No entanto, as escolas e o comércio não foram fechados, como aconteceu durante a primeira onda, entre abril e junho.
Na sexta-feira (4), o estado de emergência, em vigor desde 9 de novembro, foi oficialmente prolongado até 23 de dezembro. Mas as autoridades já afirmaram que a medida pode continuar até 7 de janeiro.
No entanto, o governo pretende flexibilizar as restrições para Natal e Ano Novo. O toque de recolher será reduzido e os restaurantes poderão ficar abertos até 1h nas noites de 24 e 25 de dezembro, assim como no último dia do ano. Esses estabelecimentos também poderão funcionar até 15h30 nos dias 26 de dezembro de 1° de janeiro, permitindo que almoços e jantares em família possam ser realizados normalmente.
Para a noite da virada, todas as festas públicas foram proibidas. No entanto, será possível andar nas ruas até 2h de 1° de janeiro, a condição de não se formar grupos de mais de seis pessoas. Os moradores também vão poder viajar entre as regiões do país entre 23 e 26 de dezembro.
Com uma população de 10 milhões de habitantes, Portugal foi relativamente poupado no início da pandemia e contabiliza, segundo dados deste sábado, cerca de 5 mil mortos vítimas da Covid-19.
Ceias restritas
Os anúncios feitos por Portugal seguem a mesma linha dos vizinhos europeus, que preconizam ceias restritas, compostas por entre seis e dez pessoas, para as festas de fim de ano. O governo francês, por exemplo, fixou em seis adultos o número máximo de participantes nas ceias de Natal e Ano Novo, sem contar crianças e adolescentes. Apesar de ser apenas uma recomendação, é uma das mais estritas da Europa