Os líderes da Aliança do Pacífico iniciam uma cúpula de dois dias nesta sexta-feira (05/07), em Lima, quando defenderão regras claras no comércio mundial em meio a ameaças protecionistas, além de buscar formas de aumentar o comércio entre seus quatro países.
O próspero bloco formado por Colômbia, Chile, México e Peru realizará sua cúpula anual em um momento em que o horizonte econômico se vê perturbado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Os presidentes vão emitir três declarações no sábado, incluindo “uma que é muito importante no sistema multilateral de comércio”, disse o ministro das Relações Exteriores do Peru, Néstor Popolizio, à imprensa estrangeira.
“Queremos regras claras de comércio internacional”, acrescentou.
Os presidentes estão preocupados com “a ascensão do protecionismo em muitas partes do mundo” e, portanto, querem dar um impulso à Organização Mundial do Comércio (OMC), disse ainda.
Apesar do cenário delicado, os quatro sócios dobram sua aposta na Aliança do Pacífico, cujos países têm em conjunto 225 milhões de habitantes e representam 38% do PIB da América Latina.
Além disso, para os analistas, é o bloco econômico regional que tem melhor funcionalidade.
O chanceler enfatizou que os presidentes pretendem impulsionar também o comércio entre seus países, que por ora alcança níveis modestos, apear de o bloco ser o oitavo exportador do mundo.
O evento terá a presença do presidente colombiano Iván Duque, do chileno Sebastián Piñera e do anfitrião Martín Vizcarra.
O grande ausente será o mexicano Andrés Manuel López Obrador, já que prometeu não viajar para o exterior durante seu primeiro ano no cargo, mas enviará seu lugar para o ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard.
Também participa, como convidado, o presidente equatoriano, Lenin Moreno, que manifestou interesse em integrar seu país ao bloco.
Em uma primeira etapa, Quito iniciou conversas para um pacto de “associação” com a Aliança, como fizeram Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
No sábado, os presidentes vão realizar reuniões de trabalho e assinar três declarações, entre elas “uma que é bem importante sobre o sistema multilateral do comércio”, antecipou o chanceler peruano, Néstor Popolizio.
“Queremos regras claras de comércio internacional”, indicou.
Os chanceleres e ministros de Comércio do bloco revisaram nesta sexta as declarações que os presidentes vão assinar, inclusive uma para a “gestão sustentável de plásticos”, segundo a chancelaria peruana.
Os países da Aliança estão preocupados pelo “surgimento do protecionismo em muitas partes do mundo” e por isso querem lhe dar um respaldo à Organização Mundial de Comércio (OMC), disse Popolizio.
Lançada em 2011, a Aliança do Pacífico representa a metade do comércio da América Latina.
Apesar do mar agitado, os quatro sócios dobram a aposta na Aliança, cujos países têm em conjunto 225 milhões de habitantes e representam 38% do PIB da América Latina. Além disso, para os analistas é o bloco regional que funciona melhor.
Os países da Aliança também navegam em meio a um mar turbulento devido ao conflito entre Estados Unidos e China, embora no último final de semana, em Osaka (Japão), Trump e seu colega chinês Xi Jinping tenham concordado em uma trégua na guerra comercial.
O gigante asiático é o maior parceiro comercial do Chile e do Peru, e a disputa entre as duas maiores economias do mundo reduziu suas exportações e projeções de crescimento.
Em sua primeira atividade em Lima, os presidentes participarão nesta sexta-feira em uma reunião de empresários dos quatro países. Depois, será oferecido um jantar de gala no Palácio do Governo.
No sábado, os presidentes selarão os acordos alcançados nas reuniões prévias dos grupos técnicos e emitirão as três declarações.
No final do encontro, Vizcarra entregará a presidência rotativa do bloco a Piñera, cujo país sediará a cúpula em 2020.
Além disso, alguns acordos de cooperação serão assinados, incluindo uma colaboração para coproduções televisivas entre as emissoras públicas dos quatro países.
Lançada em 2011, a Aliança do Pacífico representa metade do comércio da América Latina e é o maior exportador mundial de alimentos como truta, abacate, oxicoco e goiaba e metais como cobre e chumbo.