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Pouco mais de um século depois, uma peça histórica da Primeira Grande Guerra voltou à tona junto à costa norte de França.
Algumas peças de um submarino afundado a 26 de julho de 1917 junto à praia de Wissant já eram conhecidas das gentes locais, mas agora as marés mais baixas provocadas pela perda de areia na costa e o vento acabaram por destapar boa parte da carcaça desta embarcação de guerra ali deixada pela marinha alemã após ter encalhado.
A cerca de uma centena de metros da praia, quando a maré baixa o permite, é agora possível ver duas pedaços de três e oito metros pertencentes à embarcação submergível, modelo UC61, de fabrico alemão para ser usada na primeira guerra mundial.
Este submarino, rezam as crónicas da altura, dirigia-se de Zeebruges, na Bélgica, para a zona de Bolonha-sobre-o-Mar e do Havre, onde iria “plantar” mais algumas minas.
“O submarino encalhou aqui simplesmente porque andava a plantar minas e tinha de navegar próximo da costa porque em alto mar tinham sido colocadas redes entre Inglaterra e a França para ‘caçar’ submarinos. Este acabou por se aproximar demasiado da praia”, contou à AFP Vincent Schmitt, um guia turístico local que se tem multiplicado em entrevistas por causa desta “aparição” bélica em Wissant.
O submarino UC61 foi desenvolvido em 1916 pelo então Império Alemão, tinha cerca de 50 metros, podia submergir em apenas 30 segundos e integrava seis tubos de colocação de minas com um metro de diâmetro, três de meio metro, sete torpedos e uma metralhadora de convés.
A plus d’une centaine de mètres des dunes, la carcasse de métal repose sur une étendue de sable fin: l’épave d’un sous-marin allemand de la Première guerre mondiale échoué en 1917, a ressurgi sur une plage à Wissant dans le nord de la France https://t.co/wq8m7TYgRT @zoeleroy #AFP pic.twitter.com/IHVSmOLo7R
— Agence France-Presse (@afpfr) 10 de janeiro de 2019