O ex-atacante virou coordenador de base e agora, diretor de futebol do Atlético. São 386 jogos pelo clube e uma certeza: ‘Atlético não é novidade para mim’. Marques Batista de Abreu, aos 45 anos, assume o cargo deixado por Alexandre Gallo. Em tom de cobrança com o elenco, se apresentou nesta quarta-feira (31), com novo diretor de futebol do Galo, de forma interina.
Foi convocado pelo presidente Sérgio Sette Câmara logo após a demissão de Gallo, na última terça-feira. Marques voltou justamente ao Atlético na eleição presidencial do ano passado. Amigo do advogado e mandatário alvinegro, terá a missão de gerir a crise que vive o time alvinegro, além de coordenar a busca da vaga na Libertadores juntamente com Levir Culpi. Na apresentação ao elenco, pediu que os jogadores suassem mais a camisa que ele tantas vezes vestiu. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“Acho que fundamentalmente, nessa hora, temos a consciência que nós podemos e devemos nos desgastar mais em campo. Nos entregar mais, deixar mais energia dentro de campo. Esse foi o tom da nossa conversa, que eu divido com vocês. Tenho certeza que os jogadores compartilham dessa conversar comigo. A resposta tem que ser dada já neste sábado, e é isso que vamos cobrar nos próximos sete jogos”, afirmou.
Ciente de que “não há muito o que fazer”, o diretor não poderá fazer contratações para o Brasileiro. Herda um elenco montado pelo antecessor, mas precisará ser uma figura-modelo e conselheira neste momento que o próprio classificou como “turbulento”. É hora de união entre todas as partes. A começar pela torcida, a qual foi convocada por Marques para “comprar seu barilho” nos sete jogos finais do Brasileirão e lotar o Independência sábado, diante do Grêmio.
“Quero que eles entendam que não é difícil vestir essa camisa e conquistar o torcedor. Você tem que, exclusivamente, deixar o ‘algo mais’ dentro de campo, mais uma gota de suor, o short sujo com o barro dos carrinhos que dão dentro de campo. De fato não há muito o que fazer, mas mexer com o brio dos atletas. A receptividade foi muito boa e quero que eles comprem meu barulho nos próximos sete jogos”, afirmou Marques, que continuou:
“Momento de turbulência, mas que tenho certeza absoluta, e essa já foi nosso tom de conversa no vestiário, de unidade. Por ter jogado nesse clube quase 400 vezes, entendo perfeitamente que o momento pede união de clube, presidente, direção, comissão, atletas. Mas acima de tudo, da torcida, do barulho da torcida. Não tenho outra fórmula se não convocar nosso torcedor no sábado”.