Os constantes atrasos nos repasses do Estado e União tiveram prejuízos nefastos à saúde financeira da Prefeitura de Itabira. Apesar do impasse, não há braços cruzados. É o que demonstra a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde, embora os recursos estejam aquém dos necessários à manutenção e investimentos no setor, os avanços são registrados em diversas áreas. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
No acumulado do segundo quadrimestre de 2018, a receita efetivamente realizada na rubrica da Saúde estacionou em R$ 91,1 milhões, enquanto as despesas liquidadas somaram R$ 91,8 milhões. A arrecadação foi atingida em cheio por repasses em atraso, tendo como exemplo a dívida que o Estado tem com a saúde itabirana. O passivo acumulado até julho deste ano era de R$ 24.092.758,33.
“As dificuldades estão em contar com o financiamento tripartite, que não nos chega como versa a legislação. Felizmente, temos uma equipe comprometida, séria e isso faz com que avancemos além das dificuldades”, destaca Rosana Linhares Assis Figueiredo, secretária Municipal de Saúde.
Nesta semana, a prestação de contas foi feita ao Conselho Municipal de Saúde (CMS), na segunda-feira (24), e à comunidade nessa quinta-feira (27), na Câmara Municipal. Os números foram expostos, além de Rosana Linhares, por Gerson Rodrigues, superintendente de Planejamento em Saúde; e Lauana Matosinho, coordenadora de Gestão em Saúde.
Conquistas
As ações em saúde de janeiro até aqui têm resultados louváveis. Rosana Linhares destacou, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil que continua abaixo da meta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a conquista de 13 novos veículos à pasta nos últimos dois quadrimestres. Além disso, o município entrou no Plano de Expansão da Radioterapia (PER) do Sistema Único de Saúde (SUS), e, recentemente, inaugurou dez novos leitos de Unidade de Tratamento Intenso (UTI) no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).
Também há mais gente trabalhando em prol da saúde dos itabiranos. A SMS ampliou o número de vagas e contratou mais assistentes técnicos administrativos e agentes de combate a endemias (ACE). Houve capacitações diversas; mutirão de saúde bucal; mutirão de cirurgias de catarata; e retomada das obras de reforma e ampliação da UBS Gabiroba de Cima.
A SMS, ainda, quitou um passivo trabalhista que se arrastava desde 2014 com ACEs e agentes comunitários de saúde (ACS), referente a uma readequação salarial da categoria. Implantou, no Hospital Municipal Carlos Chagas, a inovadora técnica de utilização de espuma densa para tratamento das varizes, sem cortes, sem anestesia e sem internação. Itabira é o primeiro município mineiro a oferecer a técnica via SUS.
“Não estamos presos às dificuldades. Estamos dando o gás que a equipe precisa para vencê-las e produzir à comunidade todo o possível dentro da estrutura que temos hoje. Alcançamos resultados muito bons”, avalia Rosana Linhares.
Agenda externa
A titular da SMS também elenca sua movimentada agenda externa, assim como a do prefeito Ronaldo Magalhães, e demais membros da equipe de governo, em prol de recursos ao Município. Os aportes conquistados foram decisivos no que tange a investimentos na saúde local, considerando emendas parlamentares para o Hospital Municipal Carlos Chagas e aporte ao Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC).
A palavra de ordem na Secretaria é equilibrar as contas e qualificar o atendimento àqueles que dele precisam. “Isso pode ser comprovado pelos resultados de importantes indicadores de saúde que medem os serviços ofertados”, concluiu a secretária.