O Presidente Michel Temer aproveitou sua viagem a São Paulo nesta sexta-feira (10) para se encontrar com o advogado José Yunes, seu ex-assessor no Palácio do Planalto.
O encontro não constava da agenda oficial do presidente e ocorreu à noite, na casa do presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Yunes é apontado pelo operador financeiro Lúcio Funaro, que fez uma delação premiada, como um dos responsáveis por administrar as propinas supostamente pagas ao presidente e por fazer o “branqueamento” dos valores.
De acordo com Funaro, para lavar o dinheiro e disfarçar a origem, Yunes investia os valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária.
O reportagem procurou o Planalto, Skaf e Yunes sobre o motivo do encontro.
Por meio do advogado José Luis Oliveira Lima, Yunes confirmou o encontro. “O encontro aconteceu e foi um bate papo ameno e despretensioso entre amigos antigos”, afirmou.
O Planalto e Skaf ainda não responderam.
Sobre a delação de Funaro, em nota, a Presidência da República afirmou à época que Funaro, “mais uma vez desinforma as autoridades”, e que todos os imóveis do presidente Michel Temer foram comprados de forma “lícita”. A nota também afirma que o operador financeiro espalha “mentiras e inverdades de forma contumaz”.
Também em nota, o advogado José Luis Oliveira Lima afirmou que Funaro “apresentou várias versões sobre inúmeros fatos e mais uma vez faltou com a verdade”.
“Ao contrário de Funaro, [Yunes] possui reputação ilibada. No momento oportuno, Lúcio Funaro irá responder por suas afirmações caluniosas”, diz outro trecho da nota. (As informações são do portal G1/Andréia Sadi)