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A União Europeia prepara medidas de retaliação contra empresas americanas, como Harley-Davidson, Bourbon e Levi’s, após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas às importações de aço e alumínio para os Estados Unidos.
“A UE prepara contramedidas que envolvem os direitos de importação de produtos americanos, principalmente de Harley-Davidson, Bourbon e Levi’s”, afirmou nesta sexta-feira (2) o porta-voz do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Trump anunciou na quinta-feira (1º) sua intenção de taxar as importações de aço em 25% e as de alumínio em 10% alegando a necessidade de proteger a indústria siderúrgica nacional, mas não citou os países envolvidos na medida.

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Juncker afirmou que, se os EUA querem estabelecer barreiras, “seremos tão estúpidos” como eles, apesar de preferir não “fazê-lo”.
Horas antes, havia declarado que a UE não ficaria de “braços cruzados enquanto a indústria e os empregos europeus são ameaçados”, acrescentando que a “Europa precisa de uma política comercial para se defender”.
Na véspera, Juncker lamentou a decisão de Trump e prometeu uma “reação firme e proporcional” da União Europeia.

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Outras reações
Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), as tarifas são danosas à economia global e dos EUA. O FMI pediu aos países para trabalharem para resolver discordâncias comerciais sem atos extremos.
O ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Jorge de Lima, afirmou que o governo Temer pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a taxa – o Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA.
A preocupação com uma guerra comercial derrubou bolsas pelo mundo, inclusive nos EUA. No Brasil, a bolsa subiu, mas a medida derrubou ações de siderúrgicas brasileiras.
‘Pequena possibilidade’
Nesta sexta-feira (2), o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, afirmou que ainda há uma “pequena possibilidade” de se evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos.
Katainen revelou que as medidas de retaliação europeias, já “preparadas há algum tempo”, estão alinhadas com as regras da OMC e compensariam as potenciais perdas da indústria europeia – segunda maior produtora mundial de aço, atrás apenas da China.
Os Estados Unidos importam 26 milhões de toneladas de aço por ano. Quatro países respondem por 50% destas importações e nenhum é europeu: Brasil, México, Canadá e Coreia do Sul.
Maiores exportadores de aço para os EUA (Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)